Em “Dia da Liberdade”
falo-vos da liberdade das crianças e/ou da paranóia dos pais (neste
caso da mãe) e pergunto: Será que as nossas crianças não podem ser livres
para brincar sem terem os pais a 10cm delas? Será que as nossas
crianças não podem brincar na rua, livres de perguntas e fotografias?
Será que os pais estão tão paranóicos que já não deixam as
crianças brincarem e correrem sem terem de correr maratonas para os acompanhar?
Não sei se sou eu que
estou paranóica ou se foi o mundo que mudou tanto, que nem livres para brincar podemos ser!
No Domingo, sentada numa
esplanada com uns amigos dei-me conta que não fui capaz de tirar os
olhos das crianças por um segundo, das minhas e das deles, que
estavam a brincar a 50m de nós. E quando um grupo de homens parou
para ver as bicicletas de aluguer, levantei-me de imediato já
suspeita... eles viram as bicicletas, foram-se embora e eu pensei,
que triste esta minha atitude!
Mas como o seguro morreu
de velho e as notícias são aquilo que todos sabemos, e infelizmente
já começam a ser notícia também aqui na ilha, prefiro não
arriscar, e sem dar muito nas vistas ir vigiando as brincadeiras...
Mais tarde dei comigo a pensar que quando era miúda brincava na rua até às 11 da noite e que passava tardes inteiras a deambular pelo bairro, sem ter os meus pais atrás de mim; ia para a escola a pé sozinha (e era uma valente caminhada de 15/20 minutos), e aos 14 anos comecei andar de autocarro e comboio sozinha, porque fui estudar para o centro do Porto, e muitas vezes chegava a casa depois das 8 da noite, que em pleno Inverno sabemos que é bem escuro! Nunca tive problemas ou passei por situações esquisitas...
Mais tarde dei comigo a pensar que quando era miúda brincava na rua até às 11 da noite e que passava tardes inteiras a deambular pelo bairro, sem ter os meus pais atrás de mim; ia para a escola a pé sozinha (e era uma valente caminhada de 15/20 minutos), e aos 14 anos comecei andar de autocarro e comboio sozinha, porque fui estudar para o centro do Porto, e muitas vezes chegava a casa depois das 8 da noite, que em pleno Inverno sabemos que é bem escuro! Nunca tive problemas ou passei por situações esquisitas...
Paranóica ou não, as
minhas crianças vão continuar brincar na rua e a sentir que são livres para tal, mas eu estarei (à
distância) sempre por perto!
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