“Lamento informá-la mas
as mães não têm autorização para desistir”
Estou muito cansada, o
que é normal nesta altura do ano, estamos todos a precisar de férias
juntos e separados. A escola está quase acabar, mas ainda faltam os
exames, ele também está cansado e não gosta de estudar; ela por sua vez, também já se lhe nota algum cansaço, faz mais
birras que o habitual e chama por mim a cada minuto; o esforço
exigido a todos lá em casa é quase sobrenatural. Confesso que este
fim de semana dei comigo a pensar em desistir de lhe explicar porque
precisa de estudar, mas doeu-me o coração só de pensar, eu sei que as mães não desistem, mas podem pedir ajuda (e eu tenho tanto sorte), o pai tomou conta do assunto e até o tio deu uma mãozinha.
Foi quando percebi que o
código de conduta de uma mãe deveria ser mais ou menos isto:
"Por mais cansada que
estejas, esfomeada ou privada de sono, és mãe, assumiste essa
responsabilidade sem ninguém te pedir, não tens autorização para
desistir, mas podes e deves pedir ajuda.
Os filhos “não são
teus”, mas tu és mãe deles até ao infinito e mais além, nos
sorrisos e nas lágrimas, nos abraços e nos castigos, nas vitórias
e nas derrotas, nos dias fáceis e nos mais difíceis, mas em momento
nenhum tens autorização para desistir.
Mãe és, mulher também, não tens autorização para desistir de nenhuma das duas, dos teus filhos cuidarás mas de ti também, com vista o respeito e o bom exemplo."
Mãe és, mulher também, não tens autorização para desistir de nenhuma das duas, dos teus filhos cuidarás mas de ti também, com vista o respeito e o bom exemplo."
E com isto deixo aqui o meu mais profundo respeito por todas as mães que não desistem, mesmo quando estão à beira de um ataque nervos; por todas as mães que não têm a quem pedir ajuda; por todas as mães que não desistiram quando os filhos partiram; por todas a mães que não desistiram dos filhos de outrem. E um obrigada à minha, que foi um excelente exemplo!
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